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Alagoas alcançou um marco inédito na saúde pública esta semana com a realização do primeiro implante de válvula mitral por cateter (TMVI) pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no estado. O procedimento foi realizado com sucesso no Hospital do Coração Alagoano, em Maceió, e beneficiou a aposentada Reinildes Bezerra Vilar, de 83 anos, que apresentava quadro cardíaco grave.
A paciente, que enfrentava problemas cardíacos há mais de uma década, já havia passado por uma cirurgia de ponte de safena e, nos últimos três anos, sofria com fadiga intensa e internações frequentes. Devido ao seu estado clínico e idade avançada, ela era considerada de alto risco para cirurgias convencionais, o que tornou o implante por cateter a única alternativa viável.
Segundo o cirurgião cardíaco Kleberth Tenório, o método é minimamente invasivo e realizado por punção na perna, sem necessidade de abertura do tórax. “Essa tecnologia foi essencial para o caso da dona Reinildes, que agora se recupera bem e já interage com a equipe médica”, afirmou o especialista.
O sucesso do procedimento foi resultado de um esforço conjunto entre cardiologistas, cirurgiões, anestesistas, hemodinamicistas e equipe multiprofissional. O secretário de Estado da Saúde, Gustavo Pontes de Miranda, destacou que a iniciativa faz parte do plano estadual de expansão de procedimentos de alta complexidade pelo SUS, cumprindo metas da gestão do governador Paulo Dantas.
A tecnologia TMVI, que pode ultrapassar R$ 400 mil na rede privada, agora passa a ser oferecida de forma gratuita em Alagoas, colocando o estado entre os poucos no país a democratizar o acesso a esse tipo de intervenção. Para o diretor do hospital, Otoni Veríssimo, esse avanço simboliza “um novo patamar para a cardiologia na rede pública alagoana”.
[…] Fonte: Gazeta Nordestina […]