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Durante agenda com a primeira-dama Janja Lula da Silva nesta quarta-feira (13), o Governo de Alagoas apresentou novas medidas para fortalecer a renda e a autonomia das marisqueiras da Lagoa Mundaú, em Maceió. O destaque foi a isenção de ICMS nas vendas internas de conchas de sururu, além da adesão do estado ao programa Juventude Negra Viva.
A solenidade, realizada com a presença de ministros e representantes de instituições parceiras, evidenciou o papel fundamental da Cooperativa de Marisqueiras Mulheres Guerreiras (Coopmaris), iniciativa apoiada pelo governo estadual. A secretária da Fazenda de Alagoas, Renata dos Santos, representou o governador Paulo Dantas e destacou que a medida fiscal beneficia diretamente entidades como o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade (IABS) e cooperativas locais.
“Essa isenção reduz custos, estimula a economia local e incentiva o uso integral do sururu, evitando desperdícios e ampliando a geração de renda”, destacou Renata. Ela também anunciou a adesão oficial de Alagoas ao programa Juventude Negra Viva, voltado para a promoção de oportunidades em áreas como esporte, saúde e inclusão social.
A primeira-dama Janja Lula da Silva, enviada especial da COP30, ressaltou a importância de ouvir as histórias das mulheres que atuam em biomas vulneráveis como mangues e lagoas. “Levarei para Belém a mensagem das mulheres que trabalham com o sururu”, afirmou, referindo-se à Conferência da ONU sobre o Clima.
O ministro dos Transportes, Renan Filho, elogiou a força da atividade tradicional das marisqueiras e seu potencial para impulsionar a economia criativa, com produtos derivados do sururu sendo transformados em materiais de construção e peças de decoração. Já a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, destacou que valorizar essas mulheres é um passo concreto rumo a um país mais justo.
A presidente da Coopmaris, Vanessa Santos, celebrou os avanços conquistados com o apoio governamental, como a utilização de EPIs e a transição para o cozimento do sururu a gás. Segundo a diretora regional do IABS, Roberta Roxilene, o projeto já reaproveitou 500 toneladas de conchas, gerando R$ 800 mil em renda para comunidades como a do Vergel do Lago.