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quarta-feira, julho 9, 2025

Mutum-de-alagoas volta à natureza com apoio do IMA e marca nova fase na preservação ambiental de Alagoas

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O Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA) está à frente de um importante marco para a biodiversidade brasileira: a reintrodução do Mutum-de-alagoas (Pauxi mitu) em seu habitat natural. Extinta na natureza desde os anos 1980, a ave símbolo de Alagoas está sendo reintegrada à Mata Atlântica com apoio de diversas instituições públicas, privadas e da sociedade civil organizada.

A ação faz parte do Plano de Ação Estadual de Conservação do Mutum-de-alagoas, coordenado pelo IMA com o apoio do Ministério Público Estadual (MPE) e participação de entidades como o Instituto para Preservação da Mata Atlântica (IPMA), SEMARH, Batalhão de Polícia Ambiental (BPA), Projeto Arca (USP/UFSCAR) e CRAX do Brasil. O esforço visa não apenas devolver a espécie à natureza, mas também reforçar a importância da preservação dos ecossistemas remanescentes da Mata Atlântica no litoral sul alagoano.

Para Gustavo Lopes, diretor-presidente do IMA, a reintrodução do Mutum simboliza um compromisso com as futuras gerações. “Proteger o Mutum é proteger a Mata Atlântica e todos os seres que dependem dela. Essa ave representa o nosso patrimônio natural e cultural”, destacou.

O processo de reintrodução é complexo: envolve o transporte de animais criados em cativeiro em Minas Gerais, monitoramento ambiental, avaliação das áreas de soltura e simulação do habitat natural para garantir o bem-estar dos animais. Atualmente, o IPMA mantém um casal da espécie em espaço adaptado à vegetação nativa da região.

A espécie, antes restrita à faixa entre Maceió e Coruripe, foi considerada rara mesmo antes da extinção. O desmatamento acelerado reduziu drasticamente seu habitat, mas o trabalho de reprodução iniciado no Rio de Janeiro e transferido para Minas Gerais já superou 200 indivíduos em cativeiro, tornando possível a volta desses animais ao território alagoano.

Segundo Rafael Cordeiro, médico veterinário do IMA, o plano avança com seriedade técnica. “Estamos monitorando todos os aspectos para que a soltura seja feita de forma segura e sustentável. A parceria entre ciência, gestão ambiental e sociedade é o que está tornando tudo isso possível”, afirmou.

A reintrodução do Mutum-de-alagoas reafirma o papel de Alagoas como referência na conservação de espécies ameaçadas e fortalece a união entre poder público, comunidade científica e parceiros privados em defesa da biodiversidade.

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