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O avanço do turismo e o aumento do número de embarcações em Alagoas trouxeram novos desafios para a Marinha do Brasil. A Capitania dos Portos de Alagoas (CPAL) destacou que os casos de uso irregular de motos aquáticas cresceram em 2024, gerando preocupação para o verão de 2025. Por isso, a instituição defende que os municípios adotem um plano de uso seguro das orlas, envolvendo poder público, iniciativa privada e comunidades locais.
Medidas técnicas da Marinha para o ordenamento das orlas
Durante reunião na Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), a Marinha apresentou um conjunto de medidas voltadas para o ordenamento das orlas marítimas e ribeirinhas. Entre elas, destacam-se a criação de áreas específicas para entrada e saída de embarcações, delimitação de zonas exclusivas para banhistas e esportes náuticos, além da instalação de sinalizações náuticas obrigatórias.
O Capitão dos Portos Rodrigo Garcia, ressaltou que o objetivo é reduzir acidentes e infrações recorrentes, principalmente envolvendo motos aquáticas alugadas de forma irregular e conduzidas por pessoas sem habilitação. Segundo ele, além da intensificação da fiscalização, está em estudo a celebração de acordos de cooperação técnica entre municípios e órgãos ambientais para garantir a aplicação efetiva das regras.
Impacto social e turístico das novas regras
As medidas da Marinha também buscam equilibrar segurança e desenvolvimento turístico. Em cidades como São Miguel dos Milagres e Porto de Pedras, secretários municipais elogiaram a iniciativa, destacando que a orientação técnica traz segurança jurídica para gestores e mais tranquilidade para banhistas.
O comandante Josenias, responsável pelo gerenciamento do tráfego, enfatizou a necessidade de um trabalho integrado entre secretarias de Meio Ambiente, Turismo e a iniciativa privada. Segundo ele, campanhas de conscientização com turistas, palestras para proprietários de embarcações e treinamentos para tripulantes serão fundamentais para consolidar a nova fase de ordenamento.
Para o setor turístico, a expectativa é de que a medida traga mais confiança aos visitantes, evitando acidentes que possam comprometer a imagem das praias e do rio São Francisco. Ao mesmo tempo, pescadores e moradores locais terão maior previsibilidade na utilização das águas.
O desafio do equilíbrio entre desenvolvimento e segurança

O grande desafio, segundo a Marinha e os gestores municipais, será encontrar um ponto de equilíbrio entre o crescimento econômico do turismo náutico e a preservação ambiental e social. Com 250 km de litoral e 280 km de margem do rio São Francisco, Alagoas concentra uma das maiores vocações turísticas do Nordeste, mas também precisa lidar com pressões crescentes sobre suas águas.
O prefeito de Maribondo, Bruno Teixeira, que presidiu a reunião, destacou que a AMA tem papel estratégico nesse processo, estimulando os municípios a adotarem políticas que conciliem desenvolvimento sustentável e segurança pública. Para ele, o diálogo aberto com a Marinha é um passo decisivo para transformar recomendações em políticas permanentes.
A expectativa é que, com as novas medidas e o reforço da fiscalização náutica, o verão de 2025 seja mais seguro para banhistas, pescadores e turistas, garantindo ao mesmo tempo o fortalecimento da economia local e a preservação da imagem de Alagoas como um dos principais destinos do Brasil.
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Fonte: Defesa em Foco