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O estado de Alagoas registrou, no primeiro semestre de 2025, o maior número de prisões de agressores por violência doméstica de toda a sua história, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (18) pela Polícia Civil, com base no 1º relatório do Observatório Alagoas de Igualdade de Gênero. O levantamento analisou 6.811 boletins de ocorrência registrados entre janeiro e junho deste ano, apontando avanços significativos no enfrentamento ao crime.
De acordo com a delegada Ana Luiza Nogueira, coordenadora das Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs), o marco histórico foi alcançado graças a ações como a Operação Chamar, que integra o Agosto Lilás, campanha nacional de enfrentamento à violência contra a mulher. “Só até o dia 18 deste mês, mais de 120 agressores já foram presos. É o maior patamar de atuação repressiva da segurança pública alagoana”, destacou.
O relatório também traz uma análise geográfica dos casos, revelando que Maceió concentra a maior parte das ocorrências (52,7%), seguida por Arapiraca (15,9%), Rio Largo (4,9%) e União dos Palmares (4,5%). Na capital, os bairros com maiores índices de denúncias foram Cidade Universitária (23,7%), Benedito Bentes (18%), Jacintinho (12,9%), Tabuleiro dos Martins (12,4%) e Clima Bom (8,8%).
A delegada ressaltou o caráter estratégico do relatório, que permite antecipar ações de proteção. “Em Arapiraca, por exemplo, já estamos ampliando os atendimentos às vítimas com base nos dados apurados”, disse. A apresentação dos resultados reuniu nomes importantes da segurança pública, academia e do sistema de proteção às mulheres, como os delegados Gustavo Xavier, Eduardo Mero, e as professoras Andrea Pacheco e Elaine Pimentel, da UFAL.
A iniciativa consolida o compromisso do Governo de Alagoas com uma política de segurança pública mais eficiente, integrada e voltada à proteção das mulheres, com base em dados e atuação direta no combate à violência de gênero.