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O cargueiro KC-390, orgulho da indústria aeroespacial brasileira, pode ganhar uma linha de produção nos EUA. A proposta da Embraer envolve investir meio bilhão de dólares em território americano para zerar tarifas e conquistar a confiança da Força Aérea dos Estados Unidos, mirando um dos mercados militares mais competitivos do planeta.
A proposta de produção e os impactos econômicos nos EUA e no Brasil
A Embraer anunciou que pretende investir até US$ 500 milhões na instalação de uma linha de montagem do KC-390 nos Estados Unidos, caso a aeronave seja selecionada pela Força Aérea Americana. O plano prevê a criação de aproximadamente 2,5 mil empregos diretos no país, fortalecendo o argumento de que a produção local beneficiaria economicamente a indústria americana.
Além disso, a companhia destinaria outros US$ 500 milhões à expansão de suas instalações na Flórida nos próximos cinco anos. Embora a produção nos EUA possa reduzir a carga tributária sobre as exportações brasileiras, especialistas apontam que isso também representa um desafio: equilibrar o fortalecimento da presença internacional com a manutenção da base industrial de defesa no Brasil.
O KC-390 e suas capacidades militares e logísticas
Desenvolvido pela Embraer a partir de um contrato com a Força Aérea Brasileira em 2009, o KC-390 Millennium é o maior avião já produzido no Brasil. Ele é capaz de transportar até 26 toneladas a 870 km/h, operar em pistas curtas e não pavimentadas, realizar reabastecimento aéreo e desempenhar missões como transporte de tropas, evacuação aeromédica, combate a incêndios e ajuda humanitária.
Sua versatilidade já atraiu a atenção de forças aéreas de 11 países, incluindo Portugal e Coreia do Sul. Com a fuselagem adaptada para cargas volumosas e acesso por rampa traseira, o KC-390 se posiciona como concorrente direto de modelos consagrados, oferecendo custo operacional competitivo e flexibilidade em múltiplos cenários operacionais.
Estratégia comercial da Embraer e a disputa no mercado de defesa
A decisão de propor a produção do KC-390 nos EUA é parte de uma estratégia para vencer resistências políticas e comerciais no maior mercado militar do mundo. Ao fabricar em território americano, a Embraer elimina tarifas, aumenta sua competitividade e se aproxima de fornecedores e clientes estratégicos.
No entanto, a disputa é acirrada: gigantes como Lockheed Martin e Boeing dominam o segmento e contam com forte apoio político. A entrada do KC-390 nesse cenário não apenas desafia esses players, como também fortalece a imagem da Embraer como fabricante global capaz de competir em pé de igualdade com líderes da indústria de defesa.
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