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Mais de mil pessoas visitaram o Navio Faroleiro Almirante Graça Aranha, no Porto de Maceió, durante a campanha nacional “Sai da tela e bora pro mar”. A visitação gratuita, promovida pela Marinha do Brasil no dia 14 de junho, transformou o navio em uma sala de aula flutuante de ciência, história e cidadania oceânica. Parte do evento incluiu a arrecadação de alimentos, que foram doados à Colônia de Pescadores de Coqueiro Seco, reforçando o compromisso social da operação.
Ciência embarcada: o papel do Graça Aranha na pesquisa oceânica brasileira
O Graça Aranha, construído no Brasil e com mais de 45 anos de história, é uma das plataformas científicas mais importantes da Marinha do Brasil. Apesar da idade, foi remotorizado e equipado com sistemas modernos, tornando-se essencial para pesquisas oceanográficas, meteorológicas e hidrográficas.
Com autonomia de 20 dias e capacidade para transportar pesquisadores, o navio coleta dados de salinidade, temperatura e profundidade, essenciais para a defesa nacional e operação de submarinos. Também apoia a construção de cartas náuticas e presta suporte técnico à meteorologia marinha, colaborando diretamente com o Serviço Meteorológico Marinho, sediado em Niterói.
Engajamento social e educação marítima: a visita como experiência transformadora
O evento foi marcado por grande presença popular e forte envolvimento de famílias e estudantes. Ao caminhar por corredores repletos de equipamentos científicos e ouvir explicações da tripulação, os visitantes tiveram uma rara oportunidade de conhecer as atividades estratégicas da Marinha em defesa, pesquisa e meio ambiente.
O Capitão de Fragata Edno Vieira da Rosa, comandante do navio, destacou a importância da aproximação com a sociedade: “Esse navio não é só da Marinha. Ele é do povo brasileiro. Estamos aqui para agregar valor à sociedade e formar uma consciência oceânica coletiva”.
Um navio, muitas missões: logística, ajuda humanitária e faróis do Brasil

Além das pesquisas científicas, o Graça Aranha é uma peça-chave em missões logísticas e humanitárias. Com capacidade para carregar toneladas de suprimentos e operar aeronaves, o navio é acionado em situações de emergência, como enchentes, onde já transportou hospitais de campanha e efetivos militares.
Também é referência na construção e manutenção de faróis, com histórico de edificar 17 faróis em sua trajetória. Durante sua passagem recente, atuava na reconstrução do rádio farol de Abrolhos, danificado por intempéries, e fazia coletas de dados ao longo da costa entre Maceió e Maranhão. Essas ações reiteram o papel estratégico da Marinha na garantia da sinalização náutica e da segurança da navegação.
Solidariedade à flor da água: Marinha entrega cestas básicas a pescadores de Coqueiro Seco

Como parte dos frutos da visitação pública ao NHiF “Graça Aranha”, a Capitania dos Portos de Alagoas realizou a entrega de 25 cestas básicas à Colônia de Pescadores de Coqueiro Seco, localizada no Complexo Lagunar Mundaú-Manguaba, uma das regiões mais tradicionais e carentes da cultura pesqueira em Alagoas.
Os alimentos foram arrecadados por meio de doações voluntárias durante a visitação ao navio, que reuniu quase 2 mil pessoas no último sábado no Porto de Maceió. O gesto de solidariedade reforça a conexão entre a Marinha do Brasil e as comunidades que dependem do mar para sobreviver — especialmente os pescadores artesanais, que representam o elo mais vulnerável da comunidade marítima brasileira.
Em muitos casos, esses pescadores enfrentam condições de vida precárias, com baixo grau de escolaridade e acesso limitado a serviços públicos. A atuação da Marinha, por meio da Capitania local, cumpre um papel não apenas institucional, mas humanitário, oferecendo apoio real àqueles que vivem do mar e por ele são sustentados. A iniciativa fortalece a confiança da sociedade nas Forças Armadas e promove a inclusão social onde ela é mais necessária.
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Fonte: Defesa em Foco