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Um dos espaços mais visitados do São João Massayó 2025 é a Tenda do Sururu, instalada dentro do ambiente de shows e comandada por 10 marisqueiras da Cooperativa de Marisqueiras de Maceió (Coopamaris), do Vergel do Lago. A ação é fruto de uma parceria da Alurb (Autarquia Municipal de Desenvolvimento Sustentável e Limpeza Urbana) e tem como objetivo valorizar o trabalho das mulheres que vivem da extração e preparo do sururu, molusco símbolo da cultura alagoana.
No estande, o público encontra pratos como caldinho, bobó de sururu e outras delícias típicas, preparados com ingredientes frescos e muita tradição. Toda a renda das vendas vai direto para a cooperativa, fortalecendo a economia local e dando visibilidade ao trabalho das marisqueiras. “Nosso sururu está tendo uma grande visibilidade, o que é essencial nesse período de chuvas em que a produção tende a cair”, comemora Vanessa Santos, presidente da Coopamaris.
Além da gastronomia, o espaço conta com uma exposição do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento e Sustentabilidade (IABS), que apresenta o trabalho feito com o reaproveitamento das cascas de sururu descartadas no bairro. As conchas são transformadas em itens de valor agregado, como os Cobogós Mundaú, unindo sustentabilidade e inovação.
O projeto também tem apoio da empresa Ibratin, que lançou uma coleção de revestimentos texturizados a partir das cascas do sururu, dentro da iniciativa Maceió Mais Inclusiva. O público tem aprovado a experiência. “Nunca tinha provado bobó de sururu e fiquei impressionado com o sabor. É uma maneira linda de valorizar nossa cultura e quem faz Maceió acontecer todos os dias”, disse o maceioense Gustavo Marinho, de 33 anos.
A presidente Vanessa também destaca o impacto positivo da ação para além da culinária: “Estamos apresentando nosso trabalho e nossa cultura para pessoas de toda parte. Muitos estão conhecendo o sururu agora, e a aceitação tem sido maravilhosa”.
