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Uma pesquisa inédita da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) está investigando os impactos na saúde mental das pessoas atingidas pelo desastre socioambiental provocado pela mineração, que causou o afundamento de cinco bairros de Maceió. A iniciativa faz parte do Programa de Reparação de Danos Morais e Coletivos “Nosso Chão, Nossa História”, coordenado pelo Unops (Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos).
O estudo, liderado pela professora Cícera Albuquerque, da Escola de Enfermagem da Ufal, conta com a participação de alunos e docentes dos cursos de Enfermagem, Psicologia e Serviço Social, tanto do Campus A.C. Simões quanto da Unidade de Palmeira dos Índios. O objetivo é traçar um diagnóstico preciso dos danos emocionais e psicossociais, visando a criação de políticas públicas de cuidado e acolhimento.
A pesquisa envolve a aplicação de questionários a 383 pessoas, além de entrevistas aprofundadas, com respeito às especificidades de cada participante. Serão ouvidos adolescentes, jovens, adultos e idosos, tanto os que ainda vivem nas áreas impactadas quanto os que foram deslocados para outros bairros ou municípios.
A professora Cícera reforça que a participação é essencial: “Queremos entender os efeitos desse desastre na vida das pessoas e contribuir para que cada uma tenha acesso a suporte psicológico, ajudando na reconstrução de suas vidas com dignidade e bem-estar“.
Além de levantar os impactos, o projeto também prevê o fortalecimento de um Núcleo de Referência para Suporte Psicológico e a estruturação de um Centro de Pesquisa especializado em saúde mental e desastres socioambientais.
Os interessados em participar da pesquisa podem entrar em contato com a equipe da Ufal pelo e-mail: [email protected].