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quinta-feira, junho 26, 2025

Batalhão Ambiental intensifica patrulhamento e combate à pesca predatória nas lagoas e rios de Alagoas

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O Batalhão de Polícia Ambiental (BPA) da Polícia Militar de Alagoas tem intensificado o patrulhamento em rios e lagoas do estado para combater a pesca predatória e proteger o ecossistema aquático. Com foco na preservação da fauna local, as ações buscam garantir a reprodução saudável de espécies como o caranguejo-uçá e o guaiamum, símbolos da região lagunar de Alagoas.

Com sede às margens da Lagoa Mundaú, entre Maceió e Marechal Deodoro, o Pelotão Aquático conta com lanchas e jet skis para realizar a fiscalização em áreas críticas como os complexos lagunares Mundaú-Manguaba e diversos rios do interior. Segundo o tenente Delmiro, responsável pelo grupamento, o patrulhamento é feito de forma ostensiva, com foco em áreas frequentadas por pescadores e marisqueiros, em parceria com órgãos ambientais.

Somente nos primeiros cinco meses de 2025, o BPA realizou 29 operações de fiscalização, resultando no resgate de 51 animais capturados de forma irregular. O uso de apetrechos proibidos, como redes de malha fina e o chamado “candango”, está entre as principais infrações registradas. Nos últimos dois anos, foram retirados de circulação 41 candangos, artefatos que capturam indiscriminadamente peixes e crustáceos, incluindo espécies em fase de reprodução.

De acordo com dados da PM, a maioria das ocorrências se concentra em Marechal Deodoro, seguido por Maceió e Pilar, com 96 registros de crimes ambientais em dois anos. O trabalho de fiscalização resultou na identificação de 142 infratores, sendo 136 autuados administrativamente e seis presos.

Entre as espécies mais afetadas, o caranguejo-uçá e o guaiamum lideram as apreensões. De 2023 a 2024, o BPA recolheu mais de 1.080 caranguejos, sendo 670 uçás e 415 guaiamuns, este último com pesca proibida desde 2020. A pesca predatória é crime ambiental com penas que podem chegar a cinco anos de prisão, além de multas que podem atingir R$ 100 mil, dependendo da gravidade da infração.

O sargento Franklin Araújo, com 18 anos de atuação no Pelotão Aquático, destaca que o sucesso das operações depende de fatores como o conhecimento técnico, a observação da tábua de maré e o apoio da população, que pode denunciar crimes ambientais pelos telefones 190, 181 (denúncia anônima) ou via WhatsApp pelo número (82) 98833-5879.

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