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Com o objetivo de impulsionar o desenvolvimento sustentável e atrair novos investimentos para o interior, o Governo de Alagoas está apostando na implantação de parques híbridos — instalações que combinam energia solar e eólica para gerar eletricidade de forma mais eficiente e constante. A iniciativa é liderada pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Sedics), por meio da sua Superintendência de Políticas Energéticas.
A estratégia tem como base a complementaridade natural entre o sol e o vento, comum em regiões do estado como o Sertão e o entorno do Canal do Sertão, onde há alta incidência solar durante o dia e ventos regulares no período noturno. Essa sinergia permite uma geração de energia mais estável, contribuindo para reduzir a dependência de combustíveis fósseis e posicionar Alagoas na liderança da economia de baixo carbono.
Segundo o superintendente Bruno Macedo, a Sedics tem intensificado diálogos com o setor produtivo, universidades e órgãos públicos para viabilizar investimentos e consolidar o modelo híbrido como referência nacional. Estudos técnicos apontam o semiárido nordestino como uma das regiões com maior potencial para geração híbrida, devido à estabilidade climática e disponibilidade de recursos naturais.
A secretária Alice Beltrão reforça que a agenda energética do estado está alinhada com os pilares da Lei do Combustível do Futuro. “A integração dos parques híbridos, aliada a uma regulação moderna, fortalece a infraestrutura energética e abre caminho para novos negócios sustentáveis”, afirmou.
Além dos ganhos ambientais, os parques híbridos oferecem vantagens técnicas e econômicas, como a possibilidade de integração com sistemas de armazenamento por baterias, redução de custos de transmissão e menor impacto ambiental graças ao uso compartilhado de infraestrutura. Esses fatores aumentam a atratividade do modelo para investidores e empresas do setor.
No campo regulatório, o ambiente também é favorável. A Aneel reconheceu oficialmente os parques híbridos por meio da Resolução Normativa nº 1.069/2023, facilitando a conexão dessas usinas à rede elétrica e incentivando sua expansão como peça-chave da transição energética no Brasil.
