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Enquanto tropas treinavam manobras e ações táticas durante a Operação EX-EAMAL, uma outra missão ganhava forma no entorno da Lagoa Mundaú, em Maceió. Em plena Área de Proteção Ambiental (APA) de Santa Rita, a Marinha do Brasil promoveu uma ação de limpeza ambiental e combate aos focos do mosquito da dengue, demonstrando que a preservação do meio ambiente também é parte de sua estratégia de atuação.
Aspectos técnicos da Operação EX-EAMAL e sua estrutura
A Operação EX-EAMAL, realizada sob a coordenação do 3º Distrito Naval, teve como centro de atividades o terreno da antiga Escola de Aprendizes-Marinheiros de Alagoas (EX-EAMAL), ponto histórico e estratégico de Maceió. A estrutura temporária ali montada funcionou como uma Base Expedicionária, permitindo o desenvolvimento de exercícios operacionais e cívicos, com apoio do 3º Batalhão de Operações Litorâneas de Fuzileiros Navais.
Essa base foi essencial para as atividades militares previstas, incluindo simulações de defesa portuária, patrulhamento urbano e suporte à Defesa Civil. Ao mesmo tempo, ela viabilizou ações voltadas para a população local, como a limpeza de áreas próximas à lagoa e a eliminação de possíveis criadouros do Aedes aegypti, vetor da dengue, zika e chikungunya.
Relevância ambiental da APA de Santa Rita e ações de preservação

A APA de Santa Rita é uma região de importância ecológica que envolve ecossistemas costeiros sensíveis, como os manguezais da Lagoa Mundaú. A área, com rica biodiversidade, sofre com descarte inadequado de lixo e proliferação de vetores, principalmente em períodos de chuva intensa. Sensível a esse cenário, a Marinha do Brasil organizou uma operação de recolhimento de resíduos sólidos e inspeção de pontos com água parada.
A ação teve como diferencial o envolvimento direto de militares e servidores civis, que percorreram os arredores da EX-EAMAL promovendo uma varredura ecológica e educativa. O trabalho, além de seu efeito imediato, reforça o compromisso da Marinha com uma segurança que protege vidas e o meio ambiente — premissas centrais de sua doutrina de atuação nas comunidades costeiras.
Soft power, cidadania ambiental e o papel das Forças Armadas
Ao incorporar iniciativas ambientais a uma operação militar, a Marinha do Brasil demonstra uma nova dimensão de seu poder de atuação: o soft power. Por meio de ações sustentáveis, a Força Naval amplia seu impacto junto à sociedade, atuando não só como um vetor de defesa, mas também como agente de transformação social.
A cidadania ambiental promovida na EX-EAMAL contribui para um modelo de segurança mais humano e participativo, onde as Forças Armadas se mostram comprometidas com as demandas sociais, sanitárias e ecológicas da população. A limpeza da área e o combate à dengue são, neste caso, tão estratégicos quanto qualquer simulação tática: são gestos que constroem confiança, proteção e pertencimento.
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Fonte: DefesaTV